segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

O Nascimento do Salvador



      Na noite de Natal, muitas famílias se reúnem para celebrar a união e a fraternidade que Jesus nos deixou como ensinamento. Então, prepare o seu coração para receber o Menino Deus em seu lar.
      Segundo o sacerdote da Comunidade Canção Nova padre Arlon Cristian este costume de reunir a família é como se repetíssemos a noite em que o Salvador nasceu, pois muitos foram até Belém para visitá-Lo.
      "Os momentos em que estamos reunidos é sempre uma grande graça para celebrarmos a unidade da família. Nossa Senhora e Jesus foram visitados por reis e pelos pastorinhos, os quais foram encontrar o Menino que havia nascido. É por isso que nós, no Natal, recebemos visitas em nossa casa e também vamos à casa das pessoas”, explicou padre Arlon.
     O Natal é um grande momento de alegria, pois o espírito presente, neste tempo, dever ser de visitar e ser visitado. Assim como os Reis Magos e os pastores, devemos visitar nossos familiares e amigos com coração alegre, pois sabemos que o Messias nasceu.
     “Devemos lembrar que o maior presente desta noite é o nascimento d’Ele; não as coisas materiais”, reforçou o sacerdote.
     O sentimento, deste dia, deve ser de amor e reciprocidade. Portanto, leve a alegria a todos as pessoas.
     “Que seu coração seja um presépio, no qual Jesus nasça neste Natal; que seu coração seja simples como aquela manjedoura e como aquelas palhas que acolheram o Menino Deus”, intercedeu padre Arlon.

Um feliz e santo Natal!


Fonte: Canção Nova

domingo, 2 de dezembro de 2012

Tempo do Advento


      


     O Tempo do Advento; é tempo de preparação para a Festa do Natal de Jesus. Este foi o maior acontecimento da História: o Verbo se fez carne e habitou entre nós. Dignou-se a assumir a nossa humanidade, sem deixar de ser Deus. Esse acontecimento precisa ser preparado e celebrado a cada ano. Nessas quatro semanas de preparação, somos convidados a esperar Jesus que vem no Natal e que vem no final dos tempos. 
      Nas duas primeiras semanas do Advento, a liturgia nos convida a vigiar e esperar a vinda gloriosa do Salvador. Um dia, o Senhor voltará para colocar um fim na História humana, mas o nosso encontro com Ele também está marcado para logo após a morte. 
     Nas duas últimas semanas, lembrando a espera dos profetas e de Maria, nós nos preparamos mais especialmente para celebrar o nascimento de Jesus em Belém. Os Profetas anunciaram esse acontecimento com riqueza de detalhes: nascerá da tribo de Judá, em Belém, a cidade de Davi; seu Reino não terá fim... Maria O esperou com zelo materno e O preparou para a missão terrena.

Coroa do Advento:

     Para nos ajudar nesta preparação usa-se a Coroa do Advento, composta por 4 velas nos seus cantos – presas aos ramos formando um círculo. A cada domingo acende-se uma delas. As velas representam as várias etapas da salvação. Começa-se no 1º Domingo, acendendo apenas uma vela e à medida que vão passando os domingos, vamos acendendo as outras velas, até chegar o 4º Domingo, quando todas devem estar acesas. As velas acesas simbolizam nossa fé, nossa alegria. Elas são acesas em honra do Deus que vem a nós. Deus, a grande Luz, "a Luz que ilumina todo homem que vem a este mundo", está para chegar, então, nós O esperamos com luzes, porque O amamos e também queremos ser, como Ele, Luz. 



Fonte: Canção Nova

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Ano da Fé 2012-2013


     O Papa Bento XVI abriu oficialmente o Ano da Fé com uma Santa Missa realizada no Vaticano no dia 11 de outubro. A proposta do Pontífice é que este seja um tempo de reflexão para que fiéis católicos de todo o mundo possam redescobrir os valores da sua fé. O Ano da Fé prossegue até o dia 24 de novembro de 2013.
     No dia em que também se comemoram os 50 anos do início do Concílio Vaticano II, o Papa presidiu a celebração eucarística com a participação de 400 concelebrantes. Entre eles, estavam alguns brasileiros, como o cardeal arcebispo de Aparecida, Dom Raymundo Damasceno Assis, que também é presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.
     Fazendo memória ao jubileu de ouro do Concílio, um acontecimento que marcou a vida da Igreja, o Papa explicou que a celebração foi enriquecida com alguns sinais específicos. A procissão inicial quis lembrar a procissão dos Padres conciliares, houve a entronização do Evangeliário, que é uma cópia daquele utilizado durante o Concílio e a entrada das sete mensagens finais do Concílio e do Catecismo da Igreja Católica.
     “Estes sinais não nos fazem apenas recordar, mas também nos oferecem a possibilidade de ir além da comemoração. Eles nos convidam a entrar mais profundamente no movimento espiritual que caracterizou o Vaticano II, para que se possa assumi-lo e levá-lo adiante no seu verdadeiro sentido”, disse.
     O Papa explicou que o Ano da Fé está em coerência com todo o caminho da Igreja nos últimos 50 anos, desde o Concílio, passando pelo Magistério do Servo de Deus, Paulo VI até chegar ao Jubileu do ano 2000, em que o Bem-Aventurado João Paulo II propôs à humanidade Jesus Cristo como único Salvador.
     “Jesus é o centro da fé cristã. O cristão crê em Deus através de Jesus Cristo, que nos revelou a face de Deus”, enfatizou o Papa. Ele lembrou que, como diz o Evangelho do dia, Jesus Cristo é o “o verdadeiro e perene sujeito da evangelização”.

Por que ter um Ano da Fé?

     Ainda na homilia, o Papa Bento XVI explicou que a Igreja proclama um novo Ano da Fé não para “prestar honras a uma efeméride”, mas sim porque é necessário, mais ainda do que 50 anos atrás.
     Isso porque nos últimos decênios o Papa lembrou que se tem visto o avanço de uma “desertificação” espiritual, um vazio que se espalhou. Mas estas situações, de acordo com o ele, permitem redescobrir a alegria e a importância de crer.
     “No deserto é possível redescobrir o valor daquilo que é essencial para a vida; assim sendo, no mundo de hoje, há inúmeros sinais da sede de Deus, do sentido último da vida, ainda que muitas vezes expressos implícita ou negativamente”.
     Dessa forma, Bento XVI explicou que o modo de representar este Ano da Fé é como uma peregrinação nos desertos do mundo contemporâneo, em que se deve levar apenas o essencial. “... nem cajado, nem sacola, nem pão, nem dinheiro, nem duas túnicas - como o Senhor exorta aos Apóstolos ao enviá-los em missão (cf. Lc 9,3), mas sim o Evangelho e a fé da Igreja, dos quais os documentos do Concílio Vaticano II são uma expressão luminosa, assim como é o Catecismo da Igreja Católica, publicado há 20 anos”.

Concílio Vaticano II

     Sobre o Concílio, Bento XVI destacou que seu objetivo não foi colocar a fé como tema de um documento específico. No entanto, ele explicou que o Concílio foi animado pela consciência e pelo desejo de “imergir mais uma vez no mistério cristão, para poder propô-lo novamente e eficazmente para o homem contemporâneo”.
     O Santo Padre também enfatizou que numa ocasião como esta de hoje, o mais importante é reavivar na Igreja aquele desejo ardente que se teve no Concílio de anunciar novamente Cristo ao homem contemporâneo.
     “Mas para que este impulso interior à nova evangelização não seja só um ideal e não peque de confusão, é necessário que ele se apóie sobre uma base concreta e precisa, e esta base são os documentos do Concílio Vaticano II, nos quais este impulso encontrou a sua expressão”.

domingo, 28 de outubro de 2012

Deus Existe



É só clicar na tela que passando as informações!

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Maria Nossa Companheira de Guerra


     Hoje, quando escutamos a primeira leitura, retirada do livro de Ester, precisamos entender que ela era uma das moças, entre tantas jovens, que foram preparada pelos eunucos, para que uma delas fosse escolhida pelo rei, para ser sua esposa. Porem, Ester soube que o seu povo estava sofrendo, e passa a interceder por ele, com jejum e penitência, clamando ao Senhor a favor de seu povo, Israel. Após este tempo, ela toma a decisão de ir se apresentar diante do rei, como foi proclamado na primeira leitura de hoje:
     "Ester revestiu-se com vestes de rainha e foi colocar-se no vestíbulo interno do palácio real, frente à residência do rei. O rei estava sentado no trono real, na sala do trono, frente à entrada. Ao ver a rainha Ester parada no vestíbulo, olhou para ela com agrado e estendeu-lhe o cetro de ouro que tinha na mão, e Ester aproximou-se para tocar a ponta do cetro. Então, o rei lhe disse: “O que me pedes, Ester; o que queres que eu faça? Ainda que me pedisses a metade do meu reino, ela te seria concedida” (Ester 5,1b-2;7,2b).
     À oferta do rei, Ester responde:“Se ganhei as tuas boas graças, ó rei, e se for de teu agrado, concede-me a vida — eis o meu pedido! — e a vida do meu povo — eis o meu desejo!” (Ester 5,3). Ester faz uma oração sincera, verdadeira e confiante ao Senhor, e é atendida. A Igreja sempre viu em Ester a presença da Virgem Maria. Ester intercede pelas realidades de morte do seu povo, e hoje a Virgem Maria intercede por tantas realidades de morte que vivemos. Hoje, a morte em nossos dias está mais disfarçada, mas ela esta aí, como o aborto, a eutanásia e a pena de morte.

Fonte: Canção Nova

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Tudo Para a Glória de Deus

     A profissão de cada um é um meio para se fazer a vontade de Deus no dia a dia. Viver mal a profissão, trabalhar mal, sem competência e bom desempenho é uma forma de desobedecer à vontade de Deus. O trabalho foi colocado em nossa vida, por Deus, como “um meio de santificação”. Depois que o homem pecou no paraíso e perdeu o “estado de justiça” e “santidade” originais, Deus Pai fez do trabalho um meio de redenção para o homem.
     “Porque escutaste a voz de tua mulher e comeste da árvore que eu te proibira de comer, maldito é o solo por causa de ti. Com sofrimentos dele te nutrirás todos os dias de tua vida. Ele produzirá para ti espinhos e cardos e comerás a erva dos campos. Com suor do teu rosto comerás teu pão até que retornes ao solo, pois dele foste tirado” (Gen 3,17-19).Mais do que um castigo para o homem, o trabalho foi inserido na sua vida para a sua redenção. Por causa do pecado ele agora é acompanhado do “suor”, mas este sofrimento Deus o fez matéria-prima de salvação.
     Sem o trabalho do homem não há o pão e o vinho que, na Mesa Eucarística, se transformam no Corpo e no Sangue de Cristo. Sem o trabalho do homem não teríamos o pão de cada dia na mesa, a roupa, a casa, o transporte, o remédio, a cultura, entre outros. Tudo que chega a nós é fruto do trabalho de alguém; é por isso que o labor é santo e nos santifica quando realizado com fé, conforme a vontade de Deus.
     São Josemaría Escrivá, fundador do Opus Dei, durante a celebração de uma Santa Missa, no campus da grande universidade de Navarra, na Espanha, fez uma histórica homilia, como título “Amar o Mundo Apaixonadamente”. Ele fundou a prelazia para difundir a santidade no trabalho profissional e nas atividades diárias. Na homilia, ele falava da necessidade de “materializar a vida espiritual”. O objetivo era combater a perigosa tentação do cristão de “levar uma espécie de vida dupla: a vida interior, a vida de relação com Deus, por um lado; e, por outro, diferente e separada, a vida familiar, profissional e social, cheia de pequenas realidades terrenas”.

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Setembro Mês Da Bíblia




     A Bíblia, desde sempre, faz parte da caminhada do povo de Deus. “É nela que penduramos todo o nosso trabalho”, conforme nos ensina Fr. Carlos Mesters . A partir do Concílio Vaticano II, marco fundamental para o florescimento de uma Pastoral Bíblica da Igreja no Brasil, a Bíblia foi conquistando espaço e recuperando sua condição de valor fundamental na vida e na missão da Igreja.
     No Brasil, o desejo de conhecimento e de vivência da Palavra fez surgir, com muito sucesso, a prática da leitura e reflexão da Bíblia nas famílias, nos quarteirões, nos círculos bíblicos, em grupos de reflexão, grupos de rua.
     O Mês da Bíblia, criado em 1971 com a finalidade de instruir os fiéis sobre a Palavra de Deus e a difusão da Bíblia, também foi fundamental para aproximar a Bíblia do povo de Deus. Propondo um livro – ou parte dele – para ser estudado e refletido a cada ano, o Mês da Bíblia tem contribuído eficazmente para o crescimento da animação bíblica de toda pastoral.
     Em continuidade a esta história, a Comissão Episcopal Pastoral Bíblico-catequética da CNBB definiu que, no Mês da Bíblia dos próximos quatro anos (2012-2105), serão estudados os evangelhos de Marcos (2012), Lucas (2013) e Mateus (2014), conforme a sequência do Ano Litúrgico, completando com o estudo de João em 2015.
     Esta sequência repete a experiência feita entre 1997-2000, por ocasião da celebração do Jubileu 2000. O enfoque, agora, é outro. Visa reforçar a formação e a espiritualidade dos agentes e dos féis através do seguimento de Jesus, proposto nos quatro evangelhos. Está tanto na perspectiva de discípulos missionários e da Missão Continental, conforme nos pede a Conferência de Aparecida, quanto no esforço da Nova Evangelização proposta pelo papa Bento XVI.
     Cada evangelho será relido na perspectiva da formação e do seguimento, destacando o que é específico de cada evangelista, bem como da comunidade que está por trás de cada evangelho.
     No Mês da Bíblia deste ano de 2012, será estudado o evangelho de Marcos a partir do tema “Discípulos Missionários a partir do evangelho de Marcos” e do Lema “Coragem! Levanta-te, ele te chama!” (Mc 10,49).

Fonte: Catequese.

Obrigado Senhor



Quando sopras-tés a vida em mim
Meu coração começou a bater na esperança de encontrar Senhor
Procurei por Ti em vários lugares e não encontrei,
Pois não se acha o que não se perdeu.
A todo momento esta ao meu lado 
As vezes chora quando cometo erros,
Em outros momentos se alegra quando vivo de teus ensinamentos.
Quero viver sempre sendo um orgulho para Ti
Sendo seta para meus irmãos em Ti.
Obrigado pelas maravilhas que realizas-tés em minha vida
Obrigado por esta sempre comigo nas dificuldades 
Que graças a Ti Senhor sempre consigo 
Sair de cabeça erguida!
Obrigado Senhor.

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Poderoso Deus



Poderoso Deus (Tony Allyson)

Sopra, espírito de Deus sobre o clamor da igreja
Libera tua unção de milagres sobre nós
Queremos ver sinais da manifestação do teu poder

Pois quem crer verá a glória do senhor acontecer
Poderoso Deus e rei libera a tua unção de cura neste lugar (2x)

Incendeia Senhor a tua igreja
Incendeia Senhor a tua igreja
Poderoso Deus e rei libera a tua unção
Poderoso Deus e rei libera a tua unção de cura neste lugar.


domingo, 12 de agosto de 2012

Sagrada Família


     O Papa João Paulo II, na Carta às Famílias, chamou a família de “Santuário da vida” (CF, 11). Santuário quer dizer “lugar sagrado”. É ali que a vida humana surge como que de uma nascente sagrada, e é cultivada e formada. É missão sagrada da família: guardar, revelar e comunicar ao mundo o amor e a vida.
     O Concílio Vaticano II já a tinha chamado de “a Igreja doméstica” (LG, 11) na qual Deus reside, é reconhecido, amado, adorado e servido; nele também foi ensinado que: “A salvação da pessoa e da sociedade humana estão intimamente ligadas à condição feliz da comunidade conjugal e familiar” (GS, 47). 
     Jesus habita com a família cristã. A presença do Senhor nas Bodas de Caná da Galiléia significa que o Senhor “quer estar no meio da família”, ajudando-a a vencer todos os seus desafios; e Nossa Senhora ali o acompanha com a sua materna intercessão.
     Desde que Deus desejou criar o homem e a mulher “à sua imagem e semelhança” (Gen 1,26), Ele os quis “em família”. Por isso, a família é uma realidade sagrada. Jesus começou sua missão redentora da humanidade na Família de Nazaré. A primeira realidade humana que Ele quis resgatar foi a família; Ele não teve um pai natural aqui, mas quis ter um pai adotivo, quis ter uma família, e viveu nela trinta anos. Isso é muito significativo. Com a presença d’Ele na família – Ele sagrou todas as famílias.
     Conta-nos São Lucas que após o encontro do Senhor no Templo, eles voltaram para Nazaré “e Ele lhes era submisso” (cf. Lc 2,51). A primeira lição que Jesus nos deixou na família é a de que os filhos devem obedecer aos pais, cumprindo bem o Quarto Mandamento da Lei. Assim se expressou o Papa João Paulo II:“O Filho unigênito, consubstancial ao Pai, ‘Deus de Deus, Luz da Luz’, entrou na história dos homens através da família” (CF, 2).
     Ao falar da família no plano de Deus, o Catecismo da Igreja Católica (CIC) diz que ela é “vestígio e imagem da comunhão do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Sua atividade procriadora e educadora é o reflexo da obra criadora do Pai” (CIC, 2205). E na sua mensagem de Paz, do primeiro dia do Ano Novo (2008) o Papa Bento XVI deixou claro que sem a família não pode haver paz no mundo. E o Papa fez questão de ressaltar que família é somente aquela que surge da união de um homem com uma mulher, unidos para sempre, e não uma união homossexual que dá origem a uma falsa família.
     “A família é a comunidade na qual, desde a infância, se podem assimilar os valores morais, em que se pode começar a honrar a Deus e a usar corretamente da liberdade. A vida em família é iniciação para a vida em sociedade” (CIC, 2207).
     A Família de Nazaré sempre foi e sempre será o modelo para todas as famílias cristãs. Acima de tudo, vemos uma família que vive por Deus e para Deus; o seu projeto é fazer a vontade de Deus. A Sagrada Família é a escola das virtudes por meio da qual toda pessoa deve aprender e viver desde o lar.
     Maria é a mulher docemente submissa a Deus e a José, inteiramente a serviço do Reino de Deus: “Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a sua palavra” (Lc 1,38). A vontade dela é a vontade de Deus; o plano dela é o plano de Deus. Viveu toda a sua vida dedicada ao Menino Deus, depois ao Filho, Redentor dos homens, e, por fim, ao serviço da Igreja, a qual o Redentor instituiu para levar a salvação a todos os homens.
     José era o pai e esposo fiel e trabalhador, homem “justo” (Mt 1, 19), homem santo, pronto a ouvir a voz de Deus e cumpri-la sem demora. Foi o defensor do Menino e da Mãe, os tesouros maiores de Deus na Terra. Com o trabalho humilde de carpinteiro deu sustento à Família de Deus, deixando-nos a lição fundamental da importância do trabalho, qualquer que seja este.
     Em vez de escolher um pai letrado e erudito para Jesus, Deus escolheu um pai pobre, humilde, santo e trabalhador braçal. José foi o homem puro, que soube respeitar o voto perpétuo de virgindade de sua esposa, segundo os desígnios misteriosos de Deus.
     A Família de Nazaré é para nós, hoje, mais do que nunca, modelo de unidade, amor e fidelidade. Mais do que nunca a família hoje está sendo destruída em sua identidade e em seus valores. Surge já uma “nova família” que nada tem a ver com a família de Deus e com a Família de Nazaré.
     As mazelas de nossa sociedade –, especialmente as que se referem aos nossos jovens: crimes, roubos, assaltos, seqüestros, bebedeiras, drogas, homossexualismo, lesbianismo, enfim, os graves problemas morais e sociais que enfrentamos, – têm a sua razão mais profunda na desagregação familiar a que hoje assistimos, face à gravíssima decadência moral da sociedade.
     Como será possível, num contexto de imoralidade, insegurança, ausência de pai ou mãe, garantir aos filhos as bases de uma personalidade firme e equilibrada e uma vida digna, com esperança?
     Como será possível construir uma sociedade forte e sólida onde há milhares de “órfãos de pais vivos”? Fruto da permissividade moral e do relativismo religioso de nosso tempo, é enorme a porcentagem dos casais que se separam, destruindo as famílias e gerando toda sorte de sofrimento para os filhos. Muitos crescem sem o calor amoroso do pai e da mãe, carregando consigo essa carência afetiva para sempre.
     A Família de Nazaré ensina ainda hoje que a família desses nossos tempos pós-modernos só poderá se reencontrar e salvar a sociedade se souber olhar para a Sagrada Família e copiar o seu modo de vida: serviçal, religioso, moral, trabalhador, simples, humilde, amoroso… Sem isso, não haverá verdadeira família e sociedade feliz.


Fonte:Sagrada Família

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Eis-me Aqui Senhor

     Como é fácil falar: Estou aqui Senhor, Eis-me aqui Senhor... etc. Difícil mesmo é estar realmente disposto a fazer, a ir. Me chama muito a atenção quando alguém se diz disposto a obedecer o chamado do Senhor, a cumprir a Sua vontade soberana e quando surge uma oportunidade em que Deus manda você ir, a primeira coisa a ser feita é inventar uma desculpa, uma justificativa esfarrapada. A diferença do nosso "Eis-me aqui" e o "Eis-me aqui" de Isaías, é que o nosso depende de nossas tarefas diárias, na verdade, nós deveríamos falar: "Eis-me aqui, assim que eu puder, Senhor." Outra coisa que vemos hoje em dia é uma igreja acomodada e satisfeita com uma vida espiritual morna, satisfeita com as missas de domingo. Paremos para pensar, foi para isso que Deus nos tirou das trevas? Para sermos apenas mais um? Para preenchermos um lugar no banco? Será que não foi para fazer a diferença neste mundo?
     Nós éramos trevas e hoje somos luz, a verdade é que, quando nós éramos do mundo, queríamos fazer a diferença no mundo, queríamos mostrar para as pessoas que éramos os melhores em alguma área, sempre procurávamos fazer mais. E hoje nós pertencemos a Cristo, somos seus servos, e por que não queremos fazer a diferença para Ele? Por que não queremos mostrar para Ele que podemos fazer mais, que podemos ser melhores?!


    "Nós podemos ser melhores, nós podemos fazer mais para Deus, nós podemos FAZER A DIFERENÇA!"

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Qual é a diferença entre Lúcifer e a Virgem Maria?

Padre Paulo Ricardo fala sobre sua experiência como diretor espiritual para dar um exemplo de como deixar-se formar pela Virgem Maria.


     Tenho muitos filhos espirituais que são padres. O que acontece é que esse filhos precisam ser gerados, que o coração deles seja gerado na Virgem Maria. Porém, quando eu olho para um deles, vejo se perdendo, indo para o mal caminho, indo para a estrada da perdição. O primeiro passo que um padre dá para ser perder e se precipitar na rampa do inferno é o seguinte: eu quero ser diferente, eu sou mais eu, eu vou fazer o sacerdócio do meu jeito, eu não quero ser uma fotocópia do Padre Paulo, eu não vou pela cabeça dele. Mas, eu nunca pedi que me imitassem. O primeiro passo na direção do desfiladeiro é esse: eu sou especial, eu vou mostrar para esse paróquia o que é ser pároco. Esse foi o pecado de Lúcifer, que queria ser especial e não queria seguir a vontade de Deus.
     Sendo uma criatura superior a Virgem Maria, por que Lúcifer perdeu a sua condição angelical? Lúcifer foi criado como a criatura mais perfeita. Maria não foi criada como a criatura mais perfeita, mas tornou-se a criatura mais perfeita. Lúcifer era a criatura mais perfeita, mais cheia de luz, só que na sua soberba não quis servir, quis seguir o seu caminho, não quis obedecer. Por isso, do alto onde ele estava ele precipitou no inferno mais profundo. Existe uma hierarquia no inferno e no lugar mais baixo está Lúcifer. Ele está no pior lugar, porque, no seu orgulho, ele quis ser diferente. Maria foi criada imperfeita, tem um corpo e por isso é frágil. Não é como um anjo, que é superior ao ser humano. Porque ela se humilhou diante de Deus, por causa da sua humildade, deixou-se modelar completamente por Deus. A sua docilidade ela se deixou modelar completamente, por isso, ela está acima dos anjos mais altos, dos serafins, dos querubins. Ela está lá encima no Céu, é a criatura mais perfeita, bendita Virgem Maria, porque se humilhou e Deus a exaltou.
     Os grandes de Deus foram sempre humildes e humilhados neste mundo. A Virgem Maria passou despercebida no Evangelho. Isso é uma das coisas que os protestantes alegam: veja, a Bíblia quase não fala da Virgem Maria. E a gente diz: é isso mesmo, porque ela passou silenciosa, Deus a exaltou. Porque é a humilde, silenciosa, que deixou seu testamento, as últimas palavras que ela deixou foram em Caná, na Galileia: “fazei tudo o que Ele vos disser” (Jo 2, 5). Ela desaparece, ela se humilhou, e por isso, Deus a exaltou sobremaneira, por causa da sua humildade. O Senhor olhou para a humildade da sua serva (Lc 1, 48). Deus resiste aos soberbos, por isso o caminho é o da humildade. Aceite ser escravo. Maria aceitou ser escrava. Ela disse: eis a escrava do Senhor (Lc 1, 38). Da sua parte aceite ser escravo, se humilhe, baixe a sua cabeça. Somente assim seremos modelados.
     A forma de sermos de Deus é sermos modelados pela Virgem Maria. Assim como Jesus veio ao mundo pela primeira vez nesse molde, nós precisamos nos derreter e derramar nesse molde que é a Virgem Maria, para que Cristo seja em nós. A finalidade da Verdadeira Devoção a Virgem Maria é Jesus. Deus quis vir a esse mundo por meio de uma mulher e nós precisamos ser nascidos de mulher se queremos ser como Cristo. Se eu quero dizer que vivo, mas não eu, é Cristo que vive em mim (cf. Gl 2, 20), eu preciso deixar que Cristo seja gerado, modelado em mim no ventre de Maria.
     O caminho de Deus é este, Ele escolheu esse caminho, não há outro. Mesmo os protestantes que buscam a santidade estão sendo gerados no ventre de Maria. Se neles existe alguma sombra de amor por Cristo, eles estão no útero de Maria sendo gestados, queiram ou não. Porque eu preciso ser esse bronze líquido, é que São Luís Maria usa essa linguagem de escravo, no “Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem“. A consagração é um estilo de vida. É por isso que nós precisamos aprender como se vive isso no dia a dia, para viver a consagração.

Fonte: Canção Nova

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Amor Verdadeiro

     

     De varias formas tentei Demonstrar meu amor por cada um de vocês meus filhos. Vim através de palavras e Sonhos, gritei o nome de cada um e poucos me ouviram. Tentei vos falar de meu amor e poucos entenderam.
     O mundo vivia um caos sem controle, sem ordem e sem Amor. A situação estava desastrosa, que por amor  a cada um de vocês, enviei meu próprio filho para que vos ensinasse meu proposito de justiça, amor, paz, e fraternidade entre as nações. Meu filho ensinou a cada um a amar, perdoa, orar,partilhar e etc. No entanto o que vocês fizeram? O condenaram a morte, levaram ao alto da cruz, desprezaram os ensinamentos. E eu o que fiz Não Deixei de Vos Amar. Numa situação dessas qualquer pessoa abandonaria ou até procuraria se vingar pelo seu filho. Eu Sou O Teu Deus e te provei do contrario no dia de Pentecostes enviei o Espirito Santo de Amor, coragem, fé, e sabedoria para que conduzis-tés com Justiça. No entanto com o passar dos anos a chama do Espirito Santo tem se apagado no coração de muitos homens, veja a que ponto chegamos, o mundo vive novamente um caos com: filhos, pais e irmãos se mantando, homens e mulheres se drogando, se prostituindo, prestando culto a outros deuses, autoridades corruptas buscando apenas seus interesses e o povo ficando a merces. Tudo isso indo de contra aos ensinamentos que deixei aos meus mandamentos.
     Meus filhos peço a cada um de vocês que busquem viver meus mandamentos, orem pelos que os amam, orem insistentemente pelos que vos odeiam. Digo isso pois meu filho Voltara em breve para resgatar os meus. Observem os sinais que vem acontecendo na natureza, terras onde jamais se falou em tremor tem tremido, secas, chuvas, ondas gigantes. Filhos eu amo cada um de vocês como se fossem únicos e exclusivo.
     Se um dia aquela que te amamentou te esquecer e te abandonar. Tenha essa certeza: QUE JAMAIS TE ESQUECEREI E  TE ABANDONAREI, Eu Disse: JAMAIS TE ABANDONAREI. 
     O MEU AMOR POR TI É ÚNICO, É AMOR VERDADEIRO. 

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Jesus Maravilhoso

     


     Jesus é tão maravilhoso que mesmo sabendo de seu destino! ELE JAMAIS, eu disse: ELE JAMAIS PENSOU EM DESISTIR DE MIM, DE VOCÊ E DE NÓS. Amados irmãos é tempo de reflexão, vamos colocar Deus em nosso coração e dar testemunho de Nosso Deus que VIVE E REINA PARA TODO O SEMPRE. AMÉM.



sexta-feira, 23 de março de 2012

O Sacramento da Ordem


     Iniciamos, agora, nossa meditação sobre o sacramento da Ordem. O Catecismo da Igreja ensina assim, sobre este sacramento: “A Ordem é o sacramento graças ao qual a missão confiada a Cristo e a seus Apóstolos continua a ser exercitada na Igreja até o fim dos tempos. É, portanto, o sacramento do ministério apostólico” (n. 1536). É um belo modo, esse, de apresentar o sacramento do ministério ordenado, o sacramento pelo qual os Bispos, os presbíteros e os diáconos são constituídos ministros de Cristo para o bem do Povo de Deus. Mas, vamos por partes. Primeiro, o nome desse sacramento: Ordem! Por quê? Na Antiguidade, chamava-se “ordem” a um corpo, um grupo de pessoas que tinham uma determinada responsabilidade ou um determinado tipo de vida... chamava-se assim sobretudo ao grupo dos que governavam. Por exemplo, a ordem dos pretores, a ordem dos magistrados, a ordem eqüestre... Então, ordem, na linguagem civil romana, era um grupo de pessoas que exerciam as mesmas funções, reconhecidas publicamente. A entrada de uma pessoa em uma determinada ordem era chamada de “ordenação”. Pois bem, na Igreja, desde os primeiros séculos, tornou-se costume chamar de “ordem” ao grupo dos ministros sagrados. Assim, desde os tempos antigos, encontramos nos documentos e nos livros litúrgicos da Igreja as expressões “ordem dos Bispos”, “ordem dos presbíteros” e “ordem dos diáconos”. Mas, é bom observar que também chamavam-se ordem aos vários outros grupos de pessoas no interior da Comunidade: a ordem das virgens, a ordem dos monges, a ordem dos confessores (= aqueles que haviam sofrido torturas por causa da fé). Aos poucos, a palavra ordem foi sendo reservada para o grupo dos ministros ordenados. Como um ministro da Igreja deve receber um sacramento para ter as condições de exercer seu ministério, esse mesmo sacramento passou a ser chamado de Sacramento da Ordem, quer dizer, o sacramento pelo qual a pessoa é inserida na ordem dos ministros sagrados. A Igreja achou por bem conservar esse termo “ordem” porque, além de ser costume no mundo antigo, tinha respaldo na Sagrada Escritura. Por exemplo: Cristo é, várias vezes, chamado sacerdote eterno “segundo a ordem de Melquisedec” (cf. Sl 110,4; Hb 5,6; 7,11). A nomenclatura ficou, então, assim: “ordem” é o nome do sacramento e “ordenação” é a celebração do sacramento, o rito litúrgico instituído pelo Senhor e praticado pelos apóstolos, que insere na ordem dos bispos, presbíteros ou diáconos aquele que foi escolhido para o ministério sagrado.

     Vejamos um pouco como este sacramento foi aparecendo na Sagrada Escritura e como ele está ligado a Cristo e aos apóstolos. No Antigo Testamento, Deus escolheu um povo, Israel. Este povo era um povo real (pois era o povo escolhido por Deus para, através dele, anunciar o seu Reino), um povo de profetas (pois era o povo pelo qual Deus anunciava a sua palavra) e um povo sacerdotal (pois era o povo consagrado ao serviço do louvor do Senhor no culto divino). Mas, no meio desse povo, Deus escolhia pessoas para exercerem funções específicas para o bem de seus irmãos: eram os pastores do povo! Quem eram tais pastores? Fundamentalmente, os sacerdotes, os profetas e os reis. Vejamos um pouco:


a) os reis eram consagrados, ungidos com óleo, símbolo do Espírito do Senhor, para serem guias do povo de Deus (cf. 1Sm 10,1; 16,13; 26,9; 2Rs 9,6). Em Israel somente o Senhor é rei; o rei descendente de Davi é o servo de Deus: ele deve liderar seu povo, defendê-lo dos inimigos externos e, sobretudo, velar pelo cumprimento da lei do Senhor, fazendo justiça aos pobres.

b) os profetas, em geral, não eram ungidos com óleo para exercerem sua missão. A unção era espiritual: o Senhor os marcava diretamente com a força do Espírito e o selo da vocação. Basta recordar a vocação profética como é descrita em Isaías: “O Espírito do Senhor Deus está sobre mim, porque o Senhor me ungiu” (61,1). Sua missão era anunciar a Palavra do Senhor e denunciar tudo aquilo que na vida do povo era contrário à vontade de Deus. Os profetas também consolavam e animavam o povo de Israel nos seus momentos de provação.

c) os sacerdotes são o terceiro grupo de pastores do povo. Eles eram da tribo de Levi, da família de Aarão. Sua missão era cuidar do serviço do Senhor no culto divino e orientar o povo no cumprimento da lei. Cabia aos sacerdotes ensinar ao povo a lei do Senhor e guia-lo na observância de seus preceitos (cf. Lv 4,5; 8,12; 16,32; Ex 28,41; 40,15; 30,22s.30-33).

     No entanto, esses pastores foram infiéis. Um bom exemplo disso pode ser encontrado em tantos textos do Antigo Testamento. Por exemplo: os reis fracassaram pela sua impiedade (cf. 1Rs 11,1-13; 2Rs 16,2ss; 23,31ss; Os 8,4), os profetas também fracassaram na sua missão (cf. Is 9,15; Jr 2,8; 5,31; 6,13; 23,11.13-17.21-33) e os sacerdotes foram incapazes de corresponder ao que Deus esperava deles (cf. Os 4,4-11; 5,1-7; Jr 2,26ss; Ez 22,26; Mq 3,11; 2Rs 12,5-9; Ml 2,1-9). Diante dessa realidade, Deus promete e envia um verdadeiro rei, justo, santo, fiel. Esse rei, verdadeiro filho de Davi, seria o Messias, verdadeiro pastor de Israel, Jesus, chamado Cristo (= ungido) (cf. Jo 1,49; 18,33.37; Mt 21,5; Lc 19,38; Mc 15,2). Deus também leva à plenitude o profetismo de Israel, enviando o seu próprio Filho: ele é a própria Palavra do Pai, o revelador perfeito de Deus e de sua vontade (cf. Mt 13,13ss. 57; 23,37s; Jo 1,21; 7,40; Mc 6,4; Hb 1,1). No Novo Testamento o verdadeiro pastor de Israel é Jesus: “Eu sou o bom Pastor; conheço as minhas ovelhas e elas me conhecem, como o Pai me conhece e eu conheço o Pai” (Jo 10,14s). Ele é o verdadeiro rei, o verdadeiro profeta, o verdadeiro sacerdote, ungido pelo Pai com o Espírito Santo no batismo e na ressurreição. Nele, tudo quanto o Antigo Testamento preparou e prometeu realizou-se e chegou à plenitude. É somente tendo bem presente essa realidade que poderemos compreender o sacramento da Ordem.

     Então, deixando bem claro: Cristo é o verdadeiro sacerdote, o verdadeiro profeta, o verdadeiro rei do Novo Testamento. Nele, tudo quanto Deus prometeu se cumpriu e se realizou. Ele é o único sacerdote, o único profeta, o único rei da nova e eterna aliança!No próximo artigo, continuaremos nossa meditação. Até lá!



Fonte: Dom Henrique


quinta-feira, 15 de março de 2012

Unção dos Enfermos




     Unção dos Enfermos, um dos sacramentos de que nada se fala, de que pouco se sabe, de que se tem medo, mas que é muito importante a muito curto prazo para a salvação eterna!
     A Unção dos Enfermos é um dos sete sacramentos da fé católica que, segundo a ordem tradicional, vem em último lugar, e a que já se chamou também "Extrema Unção" e "Santa Unção" : Cân. 998. - A Unção dos Enfermos, pela qual a Igreja encomenda ao Senhor, sofredor e glorificado, os fiéis perigosamente doentes, para que os alivie e salve, confere-se, ungindo-os com o óleo e proferindo as palavras prescritas nos livros litúrgicos. Este sacramento é administrado a pessoas com doenças graves em que corre o risco da sua vida. Portanto "não é sacramento só dos que estão no fim da vida". Deve ser administrado, quando alguém começa por doença ou velhice, a estar em perigo de morte.


Assim o refere o Catecismo da Igreja Católica: 1514. - A Unção dos Enfermos "não é sacramento só dos que estão no fim da vida. É certamente tempo oportuno para a receber quando o fiel começa, por doença ou por velhice, a estar em perigo de morte"(SC 73). Na administração deste sacramento, o ministro unge o doente na fronte e nas palmas das mãos.


Diz o Catecismo da Igreja Católica : 1513. - A Constituição Apostólica "Sacram Unctionem Infirmorum", de 30 de Novembro de 1972, a seguir ao Concílio Vaticano II, estabeleceu o seguinte : O sacramento da Unção dos Enfermos é conferido às pessoas perigosamente doentes, ungindo-as na fronte e nas mãos com óleo devidamente benzido - azeite de oliveira ou outro óleo de extração vegetal -, dizendo uma só vez : "Por esta Santa Unção e pela sua piíssima misericórdia o Senhor venha em teu auxílio com a graça do Espírito Santo; para que liberto dos teus pecados, Ele te salve e, na Sua bondade alivie os teus sofrimentos".


Sobre o ministro deste sacramento, diz o Direito Canônico: Cân. 1003- § 1. - Todos os sacerdotes, e só eles, administram validamente a Unção dos Enfermos. § 2. - O dever e o direito de administrar a Unção dos Enfermos competem aos sacerdotes, a quem foi confiada a cura de almas, em relação aos fiéis entregues aos seus cuidados pastorais; por causa razoável, qualquer outro sacerdote pode administrar este sacramento, com o consentimento, ao menos presumido, do sacerdote acima referido.


E o Catecismo da Igreja Católica esclarece : 1516. - Só os sacerdotes (bispos e presbíteros) são ministros da Unção dos Enfermos. É dever dos pastores instruir os fiéis acerca dos benefícios deste sacramento. Que os fiéis animem os enfermos a pedir ao sacerdote para receberem este sacramento. E que os doentes se preparem para o receber com boas disposições, com a ajuda do seu pastor e de toda a comunidade eclesial, convidada a rodear, de modo muito especial, os doentes, com as suas orações e atenções fraternas. Como usualmente, se é possível, o doente deve confessar-se, é por isso que só o sacerdote pode administrar este sacramento. Desde a primitiva Igreja, os Apóstolos, à imitação de Jesus, usavam os óleos e a imposição das mãos para curar os doentes.


O Catecismo da Igreja Católica lembra : 1512. - Na tradição litúrgica, tanto no Oriente como no Ocidente, temos desde os tempos antigos testemunhos de unções de doentes praticadas com óleo benzido. No decorrer dos séculos, a Unção dos Enfermos começou a ser dada cada vez mais exclusivamente aos que estavam pestes a morrer. Por causa disso, tinha recebido o nome de "Extrema Unção". Porém, apesar dessa evolução, a Liturgia nunca deixou de pedir ao Senhor pelo doente, para que recuperasse a saúde, se tal fosse conveniente para a sua salvação. S. Justino, advogado, dizia em 150 que a Eucaristia era levada aos doentes e eram feitas preces por eles, mas sem qualquer fórmula especial. Tanto os sacerdotes como os leigos podiam ungir os doentes. 

Mas a Igreja conhece um rito próprio de que o Catecismo da Igreja Católica dá testemunho: 1510. - Entretanto, a Igreja dos Apóstolos conhece um rito próprio em favor dos enfermos, atestado por S. Tiago : "Alguém de vós está doente ? Chame os presbíteros da Igreja para que orem por ele, ungindo-o com o óleo em nome do Senhor. A oração da fé salvará o doente e o Senhor o confortará; e, se tiver pecados, ser-lhes-ão perdoados" (Tg. 5,14-15). A Tradição reconheceu neste rito um dos sete sacramentos da Igreja. 
     Durante as reformas do século VIII, foi organizado o ritual, no governo de Carlos Magno, e a prática da Unção dos Enfermos foi reservada aos sacerdotes. No século IX em que o sacramento da Penitência começou a relacionar-se com a Unção dos Enfermos, era costume na Europa que os doentes e os que estavam em grave perigo de vida, fossem Ungidos com o sacramento dos doentes. Por causa das graves penitências impostas na Confissão, as pessoas guardavam a confissão para a hora da morte. No século XII este sacramento era considerado como a última Unção antes da passagem para a eternidade, razão pela qual mais tarde, o Concílio de Trento (1545-1563), lhe chamou no século XVI a Extrema Unção. Muito recentemente a Igreja ordenou que a este sacramento fosse dado o nome de Unção dos Enfermos. Foram, portanto, introduzidas alterações nos respetivos rituais em 18 de Janeiro de 1973. Transformara-se assim num rito bem diferente do que existia antes em que estava tão materializado que os que recebiam este sacramento estavam pouco capazes de colaborar com a graça de que o mesmo devia ser portador; e as próprias famílias, que o desejavam, com raras excepções, para os seus doentes, só o pediam quando eles já estavam inconscientes, com o erróneo sentido de que era preciso não perturbar o doente... Ora este sacramento procura, como os outros, levar o cristão à verdadeira identificação com Cristo e suscitar nos doentes verdadeiras disposições para enfrentar, com fé e resignação a própria doença.
     Este sacramento é fonte de riqueza espiritual e de graça para a Comunidade Cristã, pelo mérito do sofrimento, suportado com verdadeiro espírito cristão. E a Comunidade dos crentes, por seu lado, com a sua oração, com a sua presença e conforto, muito poderá ajudar o doente nestes momentos difíceis da sua vida. Presentemente já se organizam encontros para uma administração coletiva deste sacramento, para os doentes mais idosos ou em maior perigo, que pode ser feita dentro da própria Missa, para que toda a Comunidade se una às preces da Igreja pelos doentes.
      Cân. 1002. - Pode realizar-se, em conformidade com as prescrições do Bispo diocesano, a celebração comum da Unção dos Enfermos, simultaneamente para vários enfermos, que estejam convenientemente preparados e devidamente dispostos. Quando este sacramento é administrado fora da Missa, se o doente o pode fazer, confessa-se primeiro, é ungido depois e recebe também a Sagrada Comunhão sob a forma de Viático.(cf.Cân.921).


O Catecismo da Igreja Católico ensina: 1524. - Àqueles que vão deixar esta vida, a Igreja oferece-lhes, além da Unção dos Enfermos, a Eucaristia como viático. Recebida neste momento de passagem para o Pai, a comunhão do Corpo e Sangue de Cristo tem um significado e uma importância particulares. É semente de vida eterna e força de ressurreição, segundo as palavras do Senhor : "Quem come a minha Carne e bebe o meu Sangue tem a vida eterna; e Eu ressuscitá-lo-ei no último dia"(Jo.6,54). Sacramento de Cristo morto e ressuscitado, a Eucaristia é, nesta hora, sacramento de passagem da morte para a vida, deste mundo para o Pai. Nesta cerimónia o ministro que faz a unção do doente, representa a Comunidade, cuja esperança e cujas orações tornam o doente mais forte na sua doença e pode até recuperar a saúde. Através deste sacramento, portanto, toda a Igreja ora para que Cristo ressuscitado seja o Alívio e a Salvação daqueles que são ungidos.
      A Igreja ensina que a Unção dos Enfermos torna as pessoas mais fortes no corpo e na alma e pode perdoar os pecados actuais e purificar ainda de algumas das penas temporais (no Purgatório), devidas pelos pecados já perdoados. Este sacramento é um sinal do grande amor de Cristo que se relaciona com a saúde do corpo e da alma dos membros da Comunidade cristã. Lembra ainda o que Cristo sofreu pela humanidade. Não é, portanto, necessário que uma pessoa esteja mesmo em perigo iminente e grave de vida (in articulo mortis) para que possa e deva receber a Unção dos Enfermos.


No documento da Igreja, Rito da Unção Pastoral dos Doentes, que foi publicado pelo Vaticano em 1972, ficou estabelecido, a respeito deste sacramento, e de quem o pode receber, o seguinte :


1. Todos os que estiverem gravemente doentes, devido à sua doença ou à sua velhice. (cf.Cân. 1004 § l).


2. Pessoas idosas, se elas estão em precárias condições de saúde, ainda que presentemente não estejam em perigo de vida.


3. Crianças e jovens doentes, se tiverem suficiente uso da razão para serem confortados por este sacramento.


4. Pessoas que tenham recuperado a saúde depois de terem recebido este sacramento.


5. Pessoas que recuperaram a saúde depois de terem recebido este sacramento, podem recebê-lo de novo se estiverem em grave perigo de vida.(cf. Cân. 1004 § 2).


6. Uma pessoa doente deverá ser ungida antes de uma operação cirúrgica ainda que não esteja envolvida em doença grave.


O Catecismo da Igreja Católica esclarece este ponto novo :


1515. - Se um doente que recebeu a Santa Unção recupera a saúde, pode, em caso de nova grave enfermidade, receber outra vez este sacramento. No decurso da mesma doença, o sacramento pode ser repetido se o mal se agrava. É conveniente receber Unção dos Enfermos na iminência duma operação cirúrgica importante. E o mesmo se diga a respeito das pessoas de idade, cuja fragilidade se acentua.


     No caso de haver dúvida sobre o uso da razão de uma criança ou se uma pessoa ainda vive, administra-se o sacramento sob condição. A uma pessoa comprovadamente morta já se não pode administrar este sacramento, não só porque já não lhe aproveita, mas também pelo respeito que se deve a um sacramento. É preciso ter na sua devida conta que a Unção dos Enfermos não é um sacramento de mortos nem para pessoas que já não estão no pleno uso das suas faculdades. 
     A Unção dos Enfermos é um sacramento de vivos. A Igreja determina que se não administre este sacramento aos que "perseveram obstinadamente em pecado grave manifesto".(cf. Cân.1007).

domingo, 11 de março de 2012

O Sacramento da Penitência



     A reconciliação torna-se necessária porque se deu a ruptura do pecado, da qual derivaram todas as outras formas de ruptura no íntimo do homem e à sua volta. A reconciliação, portanto, para ser total exige necessariamente a libertação do pecado, rejeitado nas suas raízes mais profundas. Por isso, há uma estreita ligação interna, que une conversão e reconciliação: é impossível dissociar as duas realidades, ou falar de uma sem falar da outra. A nova vida da graça, recebida no Batismo, não suprimiu a fragilidade da natureza humana nem a inclinação para o pecado (isto é, a concupiscência). O Senhor ressuscitado instituiu este sacramento, para a conversão dos batizados que pelo pecado d’Ele se afastaram. Na tarde de Páscoa, o Senhor se mostrou aos Apóstolos e lhes disse: «Recebei o Espírito Santo; àqueles a quem perdoar os pecados serão perdoados, e àqueles a quem os retiverdes serão retidos» (Jo 20, 22-23).
     O pecado é uma ofensa a Deus, na desobediência ao seu amor. Fere a natureza do homem e atenta contra a solidariedade humana. O pecado arrasta ao pecado e a sua repetição gera o vício. Podemos ainda distinguir entre pecado mortal e venial. Comete-se pecado mortal quando, ao mesmo tempo, há matéria grave, plena consciência e deliberado consentimento. Este pecado destrói a caridade, priva-nos da graça santificante e conduz-nos à morte eterna do inferno, se dele não nos arrependermos. É perdoado ordinariamente mediante os sacramentos do Batismos e da Penitência ou Reconciliação. O pecado venial, que difere essencialmente do pecado mortal, comete-se quando se trata de matéria leve, ou mesmo grave, mas sem pleno conhecimento ou sem total consentimento. Não quebra a aliança com Deus, mas enfraquece a caridade; manifesta um afeto desordenado pelos bens criados; impede o progresso da alma no exercício das virtudes e na prática do bem moral; merece penas purificatórias temporais.
     Cristo confiou o ministério da reconciliação aos seus Apóstolos, aos Bispos seus sucessores e aos presbíteros seus colaboradores, os quais portanto se convertem em instrumentos da misericórdia e da justiça de Deus. Eles exercem o poder de perdoar os pecados no Nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Todo o fiel, obtida a idade da razão, é obrigado a confessar os seus pecados graves ao menos uma vez por ano e antes de receber a Sagrada Comunhão. Devem-se confessar todos os pecados ainda não confessados, dos quais nos recordamos depois dum diligente exame de consciência. A confissão dos pecados é o único modo ordinário para obter o perdão. 
    Dada a delicadeza e a grandeza deste ministério e o respeito devido às pessoas, todo o confessor está obrigado a manter o sigilo sacramental, isto é, o absoluto segredo acerca dos pecados conhecidos em confissão, sem nenhuma exceção e sob penas severíssimas.

Os efeitos do sacramento da Penitência são:

- a reconciliação com Deus e portanto o perdão dos pecados;

- a reconciliação com a Igreja; a recuperação, se perdida, do estado de graça;

- a remissão da pena eterna merecida por causa dos pecados mortais e, ao menos em parte, das penas temporais que são consequência do pecado;

- a paz e a serenidade da consciência, e a consolação do espírito;

- o acréscimo das forças espirituais para o combate cristão

     O apelo à conversão ressoa continuamente na vida dos batizados os quais têm a necessidade da conversão. Esta conversão é um empenho contínuo para toda a Igreja.


Fonte: Canção Nova

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Sacramento da Eucaristia


     A Eucaristia é um dos sacramentos deixados por Jesus à sua Igreja. É um dos sinais da graça e da presença de Cristo, hoje, no meio de nós. Jesus quis que a comunidade dos seus discípulos nascesse de novo pelo batismo, fosse marcada pelo selo do Espírito Santo na confirmação, recebesse o alimento e a vida pela Eucaristia. Portanto, a Eucaristia é Deus alimentando seu povo que caminha para a ressurreição final. Nota-se que: "A Igreja é constantemente recriada pela Eucaristia. Nela faz memorial da morte e ressurreição de Cristo, o sacrifício da nova Aliança, no pão partido e repartido entre a comunidade, no vinho vertido no cálice. Aqui é o Espírito que transforma a matéria; comprometida com ele, a Igreja leva cada um a partilhar o que tem, dando um novo sentido sacralizado ao universo material e aos acontecimentos de nossa vida" (Documento 43 da CNBB: Animação da vida litúrgica no Brasil, n° 87). 

A Eucaristia é um sacramento com muitos nomes


a) Eucaristia: palavra que significa "graças". É ação de graças a Deus (Lc 22,19). Essa ação de graças faz lembrar as bênçãos judaicas que proclamam as obras de Deus: a criação, a redenção e a santificação (CIC 1328).
b) Ceia do Senhor: "pois se trata-se da ceia que o Senhor fez com os seus discípulos na véspera de sua paixão, e da antecipação da ceia das bodas do Cordeiro na Jerusalém celeste" (CIC 1329).
c) Fração do Pão: esta expressão é de origem hebraica. Evoca o gesto feito durante uma refeição. Nas refeições religiosas havia a fração do pão, o partir o pão. Bem cedo a Eucaristia também foi designada como fração do pão. A Eucaristia é sinal de partilha, de dom.
d) Comunhão: "porque é por este sacramento que nos unimos a Cristo, que nos torna
participantes do seu Corpo e do seu Sangue para formarmos um só corpo" (CIC 1331; 1 Cor 10,16-17).
e) Santa Missa: "porque a liturgia na qual se realizou o mistério da salvação termina com o envio dos fiéis (‘missio’) para que cumpram a vontade de Deus na sua vida cotidiana" (CIC 1332).
     A Eucaristia é Ação de Graças tem o mesmo sentido de louvor, agradecimento e também de bênção. É uma expressão da fé. Ela é resposta cultual, alegre, litúrgica e comunitária à proclamação das maravilhas de Deus, de modo especial da Aliança. Na celebração eucarística, nós renovamos e tornamos presente esta Aliança.


Eucaristia é Memória


    "A Eucaristia é o memorial da páscoa de Cristo, a atualização e a oferta sacramental do seu único sacrifício na liturgia da Igreja, que é o corpo dele. Em todas as orações eucarísticas encontramos, depois das palavras da instituição, uma oração chamada memorial" (CIC 1362).

     "Quando a Igreja celebra a Eucaristia, faz memória da páscoa de Cristo, e esta se torna presente: o sacrifício que Cristo ofereceu uma vez por todas na cruz torna-se sempre atual (Hb 7,25-27).
     "Todas as vezes que se celebra no altar o sacrifício da cruz, pelo qual Cristo nossa páscoa foi imolado, opera-se a obra da nossa redenção" (CIC 1364)

     "A Eucaristia é também o sacrifício da Igreja. A Igreja, que é o corpo de Cristo, participa da oferta de sua Cabeça. Com Cristo, ela mesma é oferecida inteira. Ela se une à sua intercessão junto ao Pai por todos os homens. Na Eucaristia, o sacrifício de Cristo se torna também o sacrifício dos membros de seu Corpo. A vida dos fiéis, seu louvor, seu sofrimento, sua oração, seu trabalho, são unidos aos de Cristo e à sua oferenda total, e adquirem assim um valor novo. O sacrifício de Cristo, presente no altar dá a todas as gerações de cristãos a possibilidade de estarem unidos à sua oferta" (CIC 1368).

A Eucaristia é Presença Real


     "‘Cristo Jesus, aquele que morreu, ou melhor, que ressuscitou, aquele que está à direita de Deus e que intercede por nós’ (Rm 8,34), está presente de múltiplas maneiras na sua Igreja: na sua Palavra, na oração de sua Igreja, ‘lá onde dois ou três estão reunidos em meu nome’ (Mt 18,20), nos pobres, nos doentes, nos presos (Mt 25, 31-46),nos seus sacramentos dos quais ele é o autor, no sacrifício da missa e na pessoa do ministro. Mas ‘sobretudo está presente sob as espécies
eucarísticas’" (SC 7; CIC 1373).

     "No santíssimo sacramento da Eucaristia estão contidos verdadeiramente, realmente e substancialmente o Corpo e o Sangue juntamente com a alma e a divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo e, por conseguinte, o Cristo todo" (CIC 1374). Cristo não disse: "Isto é o símbolo do meu corpo, isto é o símbolo do meu sangue", mas disse que o pão e o vinho são transformados no seu Corpo e no seu Sangue. "Isto é o meu Corpo, isto é o meu Sangue" (Mc 14,22-24).

     "A presença eucarística de Cristo começa no momento da consagração e dura também enquanto subsistirem as espécies eucarísticas. Cristo está presente inteiro em cada uma das espécies e inteiro em cada uma das partes delas, de maneira que a fração do pão não divide o Cristo" (CIC 1377).

A Eucaristia é sacramento da Comunhão


     "‘Quem come a minha Carne e bebe o meu Sangue, permanece em mim e eu nele’ (Jo 6,56).A vida em Cristo tem seu fundamento no banquete eucarístico: ‘Assim como o Pai, que vive, me enviou e eu vivo pelo Pai, também aquele que de mim se alimenta viverá por mim’" (Jo 6,57); (CIC 1391). A comunhão recebida na Eucaristia aumenta a nossa união íntima com Cristo Jesus.

     "O que o alimento material produz em nossa vida corporal, a comunhão o realiza de maneira admirável em nossa vida espiritual. A comunhão da Carne de Cristo ressuscitado conserva, aumenta e renova a vida da graça recebida no Batismo" (CIC 1392).

     "Os que recebem a Eucaristia estão unidos mais intimamente a Cristo. Por isso mesmo, Cristo os une a todos os fiéis em um só corpo, a Igreja. A comunhão renova,fortalece, aprofunda esta incorporação à Igreja, realizada já pelo batismo. No batismo, fomos chamados a constituir um só corpo" (1 Cor 12,13; 1 Cor 10,I6-17; CIC 1396). A Eucaristia nos compromete com as pessoas, de modo especial com as mais pobres (Mt 25,34-46) e com a comunidade (At 2,42-47). A comunhão com Cristo nos leva a viver a comunhão fraterna com os irmãos e as irmãs em comunidade.












domingo, 12 de fevereiro de 2012

O Sacramento Crisma ou Confirmação





No Antigo Testamento os profetas anunciaram que o Espírito do Senhor repousaria sobre o Messias esperado em vista de sua missão salvífica. A descida do Espírito Santo sobre Jesus por ocasião de seu Batismo por João Batista foi o sinal de que era Ele Quem devia vir, que Ele era o Messias, o Filho de Deus. Concebido do Espírito Santo, toda a sua vida e toda a sua missão se realizam em uma comunhão total com o mesmo Espírito, que o Pai lhe dá “sem medida” (Jo 3, 34).

     Ora, esta plenitude do Espírito não devia ser apenas a do Messias; devia ser comunicada a todo o povo messiânico. Por várias vezes Jesus prometeu esta efusão do Espírito, promessa que realizou primeiramente no dia da Páscoa (na Última Ceia) e em seguida, de maneira mais marcante, no dia de Pentecostes, em que os Apóstolos repletos do Espírito Santo, “proclamaram as maravilhas de Deus”.
     Na sequência, os Apóstolos cumprindo a Vontade de Jesus, comunicaram aos neófitos, pela imposição das mãos, o dom do Espírito. É por isso mesmo que a imposição das mãos é reconhecida pela tradição católica como a origem do Sacramento da Confirmação que perpetua, de certo modo, na Igreja, a graça de Pentecostes. Por outro lado é comum ouvir-se que a Crisma nos faz Soldados de Cristo; que confirma o Batismo; que é o Sacramento do Testemunho; o Sacramento da Ação Católica e o Sacramento da Juventude. Serão estas as suas melhores características? Para se definir melhor o Sacramento da Crisma ou Confirmação, vamos esclarecer que todos os Sacramentos foram instituídos por Jesus e todos nos concedem o Espírito Santo, mas um deles, o Sacramento da Eucaristia, é por excelência o Sacramento de Cristo. No momento da Consagração na Santa Missa, acontece o fenômeno sobrenatural da “Transubstanciação”, o Espírito Santo transforma o pão e o vinho em Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo. Então, este fica sendo mais especificamente o Sacramento de Jesus.
     Confirmando, todos os Sacramentos são do Espírito Santo, porque em todos eles, temos a ação dinâmica e poderosa do Espírito Santo, mas num deles, o Sacramento da Crisma ou Confirmação, é, por excelência, o Sacramento do Espírito Santo. Para melhor compreendermos o sentido deste Sacramento, vemos pela Sagrada Escritura que o Espírito Santo tem uma dupla função: “a de dar a vida ou suscitar a vida” e a função de “levar a vida até sua perfeição”. São duas funções plenamente distintas e que se completam. Pelo Batismo, o Espírito Santo nos concede a “Vida Divina”, e no Sacramento da Crisma recebemos o Espírito Santo para chegarmos a “Perfeição” no cumprimento da missão existencial. Tal como o Batismo, a Confirmação imprime também à alma um carácter espiritual, um selo indelével; é por isso que não poemos receber este sacramento mais do que uma vez. O dom do Espírito Santo torna aquele que o recebe capaz de converter-se em "sal da terra e luz do mundo" (Mt 5,13-14) de testemunhar Jesus Cristo, através da sua vida e dos seus atos de tal modo que todos  pensem: é um cristão que fala e age como tal. 
     O Filho de Deus tornou-se Homem por obra do Espírito Santo. Ele era Messias, isto é, sacerdote, rei e profeta desde sua encarnação. Mas antes de exercer a sua Missão Messiânica, Jesus foi ungido pelo Espírito Santo, no dia de seu Batismo no Rio Jordão. De modo semelhante também nós. Recebemos o “dom da nova vida” no Batismo por obra do Espírito Santo, oportunidade em que nos tornamos com Cristo, sacerdotes, reis e profetas. Outra realidade é exercer esta função em toda a sua plenitude em nossa vida cristã. Então existe também para nós o dia de Pentecostes. Na nossa Crisma ou Confirmação nós somos ungidos pelo dom do Espírito Santo para que possamos exercer a nossa função de reis e rainhas no Reino de Deus, como senhores e senhoras do mundo; como profetas e profetisas, para indicar as realidades do Reino de Deus a todos os homens; e primordialmente, como sacerdotes e sacerdotisas, para encaminhar e orientar tudo para o seu fim último que é Deus. Este é o sentido da Crisma, “o nosso Pentecostes”, que nos dá o Espírito Santo para“levarmos até a perfeição os dons que recebemos no Batismo”, para vivermos com santidade em todas as circunstâncias de nossa vida, no trabalho, no lar, nas alegrias e tristezas, na construção do mundo e no culto, segundo a Vontade do Pai Eterno. Então realmente podemos afirmar que a Crisma ou Confirmação é por excelência o Sacramento do Espírito Santo.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

O Sacramento do Batismo



     O Catecismo da Igreja Católica (CIC) ensina que os sacramentos são um encontro pessoal com Cristo, este encontro é, no fundo, o sacramento original, eles são sinais sensíveis e eficazes da graça, instituídos por Cristo e confiados à Igreja, mediante os quais nos é concedida a vida divina. São sete os sacramentos: batismo, confirmação – crisma, Eucaristia, penitência – confissão, unção dos enfermos, ordem e matrimônio, todos eles estão ordenados para a Eucaristia, como para o seu fim, segundo santo Tomás de Aquino.
     A partir do CIC os sacramentos são categorizados eme três formas. 1) Sacramentos da iniciação cristã (batismo, confirmação – crisma e Eucaristia); 2) Sacramentos de cura (penitência – confissão, unção dos enfermos); 3) Sacramentos a serviço da comunhão e da missão (ordem e matrimônio).
     Os sacramentos de iniciação cristã lançam os alicerces da vida cristã: os fiéis, renascidos pelo batismo, são fortalecidos pela confirmação e alimentados pela Eucaristia. O primeiro dos sacramentos de iniciação cristã é o batismo, ele é o caminho do reino da morte para a vida, a porta da Igreja e o começo de uma comunhão duradoura com Deus. Nesse sacramento o homem une-se a Cristo, pois ele é uma aliança com Deus, e a condição prévia para receber os outros.
     No Antigo Testamento encontram-se várias prefigurações do batismo: a água, fonte de vida e de morte; a arca de Noé, que salva por meio da água; a passagem do Mar Vermelho, que liberta Israel da escravidão do Egito; a travessia do Jordão, que introduz Israel na Terra Prometida, imagem da vida eterna. O próprio Jesus Cristo se fez batizar por João Batista, no Jordão: na cruz, do seu lado trespassado, derramou Sangue e Água, sinais do batismo e da Eucaristia, e depois da Ressurreição confia aos apóstolos esta missão: «Ide e ensinai todos os povos, batizando-os no nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo» (Mt 28, 19-20). A Igreja, desde do o dia de Pentecostes, administra o batismo a quem crê em Jesus Cristo.
     Batizar significa imergir na água. O batizado é imerso na morte de Cristo e ressurge com Ele como nova criatura (II Cor 5,17). Por isso este [batismo] também é chamado banho da regeneração e da renovação no Espírito Santo (cf. Tt 3,5) e iluminação, porque o batizado se torna filho da luz (cf. Ef 5, 8). Porque tendo nascido com o pecado original, ele tem necessidade de ser libertado do poder do maligno e de ser transferido para o reino da liberdade dos filhos de Deus.
     Entre os efeitos do batismo se destacam o perdão do pecado original e de todos os pecados pessoais e as penas devidas ao pecado, fazendo o homem participar na vida divina trinitária mediante a graça santificante, confere as virtudes teologais – fé, esperança, caridade e os dons do Espírito Santo. Por fim, o batizado pertence para sempre a Cristo.
     O rito essencial deste sacramento consiste em imergir na água o candidato ou em derramar a água sobre a sua cabeça, enquanto é invocado o Nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, sendo capaz de receber o batismo toda pessoa ainda não batizada. Do batizando é exigida a profissão de fé, expressa pessoalmente no caso do adulto, ou então por parte dos pais e da Igreja no caso da criança. Também o padrinho ou madrinha e toda a comunidade eclesial têm uma parte de responsabilidade nisso. Sendo ele necessário para a salvação daqueles a quem foi anunciado o Evangelho e que têm a possibilidade de pedir este sacramento.
     Aqueles que morrerem sem o batismo, o Catecismo da Igreja Católica ensina que, porque Cristo morreu para a salvação de todos, podem ser salvos, mesmo sem o batismo, aqueles que morreram por causa da fé (batismo de sangue), aqueles que estavam sendo preparados para receber tal sacramento – catecúmenos e todos os que, sob o impulso da graça, sem conhecer Cristo e a Igreja, procuram sinceramente a Deus e se esforçam por cumprir a Sua vontade (batismo de desejo). Quanto às crianças, mortas sem batismo, a Igreja na sua liturgia confia-as à misericórdia de Deus.
     Portanto, dentre os sacramentos de iniciação cristã, destaca-se o batismo como o primeiro, a porta da Igreja e o começo de uma comunhão duradoura com Deus, lançando o alicerce da vida cristã, configurando o cristão a Cristo, sendo assim, no batismo, o homem para sempre pertence a Cristo.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Família Renovada



     Envolvido em uma série de especulações sobre a sua vida pessoal no último ano, Elano conversou sobre o tema nesta terça-feira. Convidado do programa “PHN”, da TV Canção Nova, o meia santista comentou sobre os erros do passado e sobre o atual momento familiar.
     Segundo Elano, que reatou com Alexandra e vive ao lado das duas filhas atualmente, a sua família está reconstruída. “Se não tiver disciplina familiar, você comete erros no trabalho. Minha família está reconstruída. Fui o maior ingrato com a minha esposa. Faltou humildade. Somos seres humanos e queremos crescer todos os dias”, explicou o atleta.
     “São coisas que ainda preciso retomar e reorganizar. Estou apenas caminhando e quero crescer mais. Cada pessoa deve caminhar, porque senão pode parar no buraco. Falo para as pessoas não esperarem o pior, como aconteceu comigo. Hoje eu deixo de ficar um tempo com meus amigos, para ficar com a minha família. Assumo a minha responsabilidade e agradeço a minha esposa e as orações”, completou Elano, que pediu desculpas à esposa e às filhas em seguida.
Uma das frases citadas na entrevista: "Precisamos ter sempre um coração de Criança!"
 Continue assim!! Que Deus restaure sua família! que seu exemplo venha a transformar muitas outras pessoas!